Mensagem de Natal
Autor - Amélia de Fátima Aversa Araújo - em
22 de dezembro de 2020
- Atualizado às 17:51
O ano foi doído. E doido. Estranho, aguerrido, de ânimos exacerbados. Opiniões diáfanas sobre tudo, em meio à realidade sólida, de concreto. Ano triste. Ano magoado. Ano de mentes fendidas, de corações furiosos, de dentes trincados. Almas partidas.
Os que sobrevivemos (até quando?), o que esperamos? Talvez um pouco de sanidade, uma pitada de amor, o máximo de perdão. O resgate do que pretendemos ser: mais humanos, mais virtuosos, mais solidários.
Os britânicos mortos na 1ª Guerra Mundial costumam ser representados por uma papoula vermelha porque essa flor sobrevivia no lamaçal das trincheiras. O sangue derramado de mais de 888 mil pessoas. A cifra atinge milhões, contando as demais nações.
Que o Natal traga a memória do que ainda não somos, mas podemos ser: a mansidão dos justos, a suavidade dos pacíficos, a luz dos que sorriem.
Que saibamos, urgentemente, conviver, cuidar, compreender. Antes que nos tornemos coroas de flores. De quaisquer flores, incluindo as papoulas.
Um Santo e abençoado Natal!
Amélia de Fátima Aversa Araújo